quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

CASA MUSEU GAUDÍ



O site da Casa museu Gaudí mostra a obra projectada de Gaudí. Faz uma viagem pelo Parque, Jardim e o interior da casa com imagens e texto informativo.
O site fornece a morada, dá-nos informações sobre como chegar, os preços e horários, tem número de contacto e endereço electrónico para mais informações.
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CASA MUSEU GAUDÍ


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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

PATRIMÓNIO E MEMÓRIA - AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES

Para o trabalho de Arte e Sociedade, Património e Memória Pessoal e Colectiva escolhi o Aqueduto das Águas Livres, que é uma obra de engenharia com o objectivo de aproveitar e transportar água para a cidade de Lisboa. O aqueduto está bem presente nas minhas memórias e no meu percurso de vida.
O Aqueduto das Águas Livres foi mandado construir pelo Rei D. João V, a fim de fornecer água a Lisboa de acordo com o projecto de Manuel da Maia, tendo abastecido esta cidade a partir de 1748.
Com 14 Km de extensão, desde a nascente principal na Mãe d´Água Velha (Belas) até o Reservatório da Mãe d´Água das Amoreiras recolhe água de 58 nascentes.
A estrutura compreende diversos aquedutos subsidiários de distribuição, com um total de 58 Km. O aqueduto possui, na sua parte mais monumental, um conjunto de 35 arcos, de autoria de Custódio Vieira, sobre o vale de Alcântara, onde se destaca o maior arco em pedra de vão do mundo, com 65m de altura e 32 de abertura.
Depois de ter entrado em funcionamento em 1748 a capacidade do aqueduto foi aumentando devido às crescentes necessidades de água, potenciadas pelo crescimento demográfico da cidade. Os sucesivos aumentos do aqueduto deram um total comprimento de 58135m de galerias subterrâneas e também elevadas. O aqueduto manteve-se porém em funcionamento até 1968, tendo sido definitivamente desactivado pela EPAL em 1967.
O caminho público por cima do aqueduto esteve fechado desde 1853, em parte devido aos crimes praticados por Diogo Alves (o Pancadas), um criminoso que lançava as suas vítimas do alto dos arcos depois de as roubar, simulando um suicídio, e que foi o último decapitado da história de Portugal.
O aqueduto está bem presente na minha vida porque somos vizinhos e tem uma presença imponente junto à casa onde cresci e à casa onde agora resido.
Em criança lembro-me dos jogos de futebol no relvado que existe na Avenida De Ceuta com o aqueduto como cenário de fundo. Também nas brincadeiras no Parque do Monsanto era um bom ponto de referência, pois sempre que estava visível sabia onde ficava a minha casa. Ainda hoje, sempre que venho de viagem é o primeiro ponto que me faz sentir que cheguei a casa. Até o meu sogro, que vem de La Coruña, quando avista o aqueduto fica descansado e sabe que não se perdeu.
A construção do aqueduto faz-me pensar como é que no século XVIII, sem a ajuda de máquinas motorizadas, conseguiram fazer uma infra-estrutura com blocos de pedra de dimensões tão consideráveis e 65m de altura.
Os espaços públicos cuja marca se faz sentir mais intensamente na memória colectiva dos lisboetas são o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém, o Padrão dos Descobrimentos, o Castelo de São Jorge, a Baixa, o Chiado, a Basílica da Estrela e a Ponte 25 de Abril.
Todos estes lugares têm historia e representam épocas ou acontecimentos importantes e desperta sensações pela beleza ou pelo simbolismo.
Para concluir, penso que, tanto positiva como negativamente, estes monumentos fazem com que nos lembremos do que sucedeu em Lisboa quando ainda não éramos nascidos. Por exemplo, sabemos que a Torre de Belém era um posto de defesa dos barcos que chegavam à cidade, mas, por outro lado, mudar o nome da Ponte Salazar tenta com que esqueçamos este ditador que fez coisas boas e más, mas que faz parte da nossa história.